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Mortos no terremoto da China chegam a mais de 2000 vítimas


O terremoto de 6,9 graus de magnitude atingiu a província de Qinghai nesta quarta-feira (14). Segundo autoridades locais, mais de 11 mil pessoas ficaram feridas e cerca de 300 estão desaparecidas.
Neste sábado, centenas de corpos foram cremados para evitar a propagação de epidemias. Os corpos de homens, mulheres e crianças foram levados em caminhões até o local da cremação, próximo ao epicentro do sismo, e alinhados por monges budistas em uma faixa de 150 metros, sobre leitos de madeira. Centenas de monges entoaram cantos fúnebres no local.
"A cremação libertará seus espíritos para que possam ir para o céu", disse Fale, uma mulher tibetana.
Após a visita ao epicentro do terremoto do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, na quinta e na sexta-feira, as equipes de resgate começaram a organizar a ajuda para os 100 mil afetados pelo tremor que não têm o que comer ou beber, em meio a condições climáticas difíceis, com temperaturas muito baixas.
A infraestrutura de Jiegu, principal cidade da região, ficou quase toda destruída. A rede de água potável "ficou paralisada", segundo Xia Xueping, porta-voz dos socorristas.

Uma luz na evolução

Australopithecus sediba era capaz de correr como um ser humano e tinha cérebro com forma avançada



Cientistas da África do Sul anunciam na edição desta semana da revista Science a descoberta de dois fósseis de 2 milhões de anos, preservados em uma caverna e que parecem representar uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus sediba. “Acredito que este é um bom candidato para a espécie de transição entre o homem-macaco da África do Sul, o Australopithecus africanus, e o Homo habilis ou o Homo erectus“, disse o líder da equipe responsável pela descoberta, Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo.
O ser humano moderno também pertence ao gênero homo, sendo da espécie Homo sapiens. Cientistas acreditam que esse gênero evoluiu a partir os australopitecos, dos quais o fóssil mais famoso é Lucy, um exemplar da espécie Australopithecus afarensis. Alguns cientistas acreditam que o Australopithecus africanus evoluiu a partir do afarensis. A equipe de Lee sugere que o africanus, por sua vez, gerou o sediba.
Além de se encaixar na árvore da família dos australopitecos, no entanto, os novos fósseis apresentam características peculiares ao gênero homo. A escolha do nome da nova espécie, “sediba”, vem de uma palavra africana para “fonte”. “Consideramos apropriado para uma espécie que pode ser o ponto a partir do qual surge o gênero homo“, afirma Berger.
Os fósseis são um jovem macho e uma fêmea adulta. A idade do jovem é estimada como correspondente à de um ser humano moderno de entre 10 e 13 anos, embora sua idade cronológica provavelmente fosse menor, de cerca de oito anos. Os cientistas acreditam que essa espécie amadurecia mais depressa que a humanidade atual.
A espécie tem braços longos, como um macaco, mãos pequenas e fortes, uma pélvis muito avançada e pernas compridas, capazes de caminhar e, talvez, correr como um ser humano.
“Estimamos que tivessem ambos cerca de 1,27 metro, embora a criança certamente pudesse ter crescido mais”, acrescentou Berger. “O cérebro do jovem tinha de 420 a 450 centímetros cúbicos, o que é pequeno se comparado com o cérebro humano, mas a forma do cérebro parece mais avançada que a dos australopitecinos“.
Os esqueletos foram encontrados em meio aos esqueletos articulados de um felino com dentes-de-sabre, antílope, camundongos e coelhos. Eles estavam preservados em uma substância rígida, semelhante ao concreto, um sedimento que se formou no fundo do que parece ter sido um lago raso subterrâneo.

Vulcão na Islândia lança nova nuvem de cinzas


A atividade do vulcão Eyjafjallajoekull,(se tivesse um apelido seria mais fácil) na Islândia, se intensificou e uma nova nuvem de cinzas está se espalhando sobre a Grã-Bretanha, segundo informações divulgadas na noite desta segunda-feira pelo Centro de Controle do Tráfego Aéreo do país (Nats, na sigla em inglês).
Em nota, o órgão afirmou que a mudança na atividade vulcânica pode interferir na abertura do espaço aéreo de alguns países, prevista para esta terça-feira.
"As informações mais recentes do Escritório de Meteorologia mostram que a situação está piorando em algumas áreas", diz a nota.
Ainda de acordo com o órgão, com base nas novas informações, a situação dos aeroportos da Irlanda do Norte permanece incerta para a manhã de terça-feira. Os aeropostos da Escócia estariam previstos para funcionar a partir das 7h (horário local, 3h em Brasília) e algumas áreas da Inglaterra poderiam estar disponíveis na parte da tarde.
O Nats afirmou, no entanto, que os aeroportos de Londres permaneceriam fechados.
Mudanças Segundo o Nats, os novos dados demonstram a rapidez da mudança de condições na qual as agências estão trabalhando.
Isso porque mais cedo, geólogos islandeses que monitoram o vulcão Eyjafjallajoekull afirmaram que a erupção havia entrado em uma nova fase, na qual mais lava estaria sendo produzida, em vez de cinzas e pó. Mas, eles também alertaram que o vulcão ainda estava bastante ativo e poderia causar novas erupções em vulcões próximos.
Além dos geólogos, um cientista britânico que vem monitorando a erupção do vulcão da geleira disse à BBC que estava "cautelosamente otimista", já que a emissão de cinzas parecia ter começado a diminuir.
David Rothery, do Departamento de Ciências Ambientais e da Terra da Open University, afirmou que suas mais recentes observações mostraram que não havia mais uma coluna de cinzas sendo lançada a altas altitudes pelo vulcão, apesar de ele ainda estar em erupção.
A nuvem de cinzas vulcânicas originadas na Islândia na última quarta-feira se espalhou pelo resto do norte da Europa, levando ao fechamento do espaço aéreo em 20 países e provocando uma das maiores crises já enfrentadas pela aviação civil.
Segundo Rothery, o que torna este vulcão tão diferente dos demais no resto do mundo é uma combinação de fogo e gelo.
Como sua base está sob uma geleira, o calor do vulcão faz o gelo evaporar. Esse vapor, por sua vez, provoca erupções explosivas que lançam minúsculos fragmentos de rocha a grandes altitudes.
Para Rothery o que está ocorrendo no coração do Eyjafjallajoekull é que as águas derretidas da geleira estão sendo impedidas de se misturar com o magma por uma nova parede de lava solidificada.
Ele afirmou ainda que uma nova fissura poderia se abrir a qualquer momento e lançar uma nova nuvem de cinzas gigante na atmosfera - o que, segundo o Nats, estaria acontecendo.

Acelerador de partículas, realiza feito inédito.


O grande colisor de hádrons, ou "LHC" para os íntimos, bateu um recorde histórico ao produzir a colisão de 2 feixes de prótons a 7 tera-eletron volts (caramba!)superando o recorde do colisor americano Tevatron (do Fermi National Acelerator Laboratory) criando uma explosão que os cientistas chamam de Big-Bang em miniatura.
O feito emocionou a equipe do Centro Europeu de Pesquisas Nuclear (CERN) que foi aplaudida de pé por pesquisadores do mundo todo.
O equipamento, cuja construção custou aproximadamente 10 bilhões de dólares, retomou suas atividades em novembro. O LHC foi desligado 9 dias após seu lançamento em setembro de 2008 por problemas de aquecimento, o reparo custou apenas... 40 milhões.
Os cientístas esperam que o LHC lance luz sobre os grandes mistérios do universo. A principal motivação e identificar o bóson de Higgs, também conhecida pelos mais chegados como... "Partícula de Deus". Proposto em 1964 pelo escocês Petter Higgs, o bóson seria o responsável por dotar de massa tudo o que existe no universo, transformando gases em galáxias, estrelas, planetas... e quem sabe no cubo transformers também, não é?
A partícula também possibilitaria o surgimento de vida na terra e, talvez, em outros lugares do universo. Por isso há tanta espectativa de que o LHC forneça provas de sua existência.
Outra missão do Cern e encontrar evidências relacionadas a matéria escura, ou invisível, que seria responsável por cerca de 25 por cento da massa do universo.
Apenas 5 por cento do cosmo reflete luz, espera-se ainda Que o LHC, em seus 20 anos de vida, encontre provas reais da existência de energia escura, que representaria 70 por cento restantes do universo.
A conclusão do experimento no entanto, podem ingressar num território hoje só explorado em filmes de ficção científica, se comprovarem a existência de universos paralelos ou outras dimensões, além das 5 já conhecidas. E também, se identificarem e detalharem alguma estrutura que seja anterior ao Big-Bang.