Você credita em reencarnação, em Ovnis... em Deus!? .Então "Bem aventurados seja aquele que acredita sem ver"







Antes de começar nessa postagem, espero que fique bem claro, que é irrelevante, se o conteúdo reflete, ou não a opinião do autor.
Pois bem... você quer provar algo? então veja as etapas pelas quais sua tese passará para ser considerada uma "verdade incontestável" perante a ciência:

*Observação: Olhe o mundo e perceba alguma coisa notável, digna de análise. Precisa ser um fato concreto.

*Pergunta: Escreva uma pergunta sobre esse fato, por exemplo, O que ele é? Quais são suas causa?

*Hipótese: Baseando-se nos conhecimentos científicos atual, imagine uma provável resposta para essa pergunta.

*Experiência: Faça um teste em circunstâncias controladas, o resultado vai confirmar ou negar sua hipótese


Todo ano na inglaterra, é realizado um "acampamento para ateus" -onde crianças e jovens participam de palestras e debates sobre a ciência. A principal gincana desse evento gira em torno de dois unicórnios invisíveis, que vivem no acampamento e não podem ser vistos, ouvidos, tocados ou cheirados. Ganha quem conseguir provar que eles não existem> Fácil você dirá, claro que unicórnios não existem, muito menos os invisíveis. Mas ano após ano, ninguém do acampamento consegue provar esse óbvio ululante.
Substitua os tais unicórnios por outras idéias que costumam ser rachadas por muitos cientístas, como a existência de Deus, Matrix e visitas de aliens á terra, e você chegará ao mesmo impasse:
se os cientistas têm tanta certeza de que essas coisas não existem, por que então não conseguem provar que estão corretos?
O problema está no chamado "método científco" que é adotado por todos os pesquisadores e foi proposto por Galileu Galilei no século 16. Em vez de simplesmente especular sobre as coisas, como se fazia até então, ele criou um procedimento mais rigoroso. São as quatro etapas que você leu logo acima, e só passando por elas é possível chegar a uma conclusão irrefutável. Só que a ciência, mesmo com todos os seus avanços, as vezes, ainda tropeça em alguma delas.
E o mesmo rigor racional que permitiu confirmar as verdades mais fundamentais do Universo, como as leis da física, torna impossível provar que determinadas crenças são falsas.









Quando a gente morre acaba?

O corpo humano é feito de células, quando elas morrem, você morre. Não existe alma ou reencarnação, ou pelomenos essa é a visão científica tradicional. Mas bilhôes de pessoas acreditam em vida após a morte, elas estariam erradas? não há como garantir que estejam, o fato é que a ciência não consegue provar que a alma e reencarnação não existem, por um motivo simples: como provar algo que não deixa evidência palpável? Até hoje, ninguém conseguiu encontrar ou medir a alma das pessoas... e olha que isso já foi tentado em 1907. O médico americano Duncan MacDougall pesou 6 paciêntes antes e depois da morte. ele achava que, se a alma existisse, quando a pessoa morresse, ela sairia do corpo, deixando o corpo com um peso menor do que o indivíduo tinha em vida.

MacDougall comprovou sua teoria, mas como ele mesmo adimitiu deois, duas das medições estavam erradas, e um cadáver voltou a recuperar peso. Novos testes foram feitos nas décadas seguintes, mas nunca provaram a tese.


Estudos mais recentes sugerem que o cerebro pode gerar alucinações, em que a pessoa sai do corpo, durante a morte. Mas só porque nossa mente cria ilusões da alma não quer dizer que ela de fato não exista. Sem testar a reencarnação em laboratório, é impossível provar que ela não é real.







Deus não existe?



Esta o biólogo inglês Richard Dawkins, um dos principais cientístas do mundo e líder de várias campanhas ateístas, adoraria dizer que pode provar. Afinal, dizer que alguma coisa acontece porque Deus quer é inadmissível para cientístas como ele. Por que essa é uma afirmação que no fundo realmente não explica nada. Mas é impossível provar que Deus não exista, porque o metodo científico só condegue testar a validade de hipóteses que, em tese, possam ser refutadas com provas. Se você levantar uma hipótese como " terra é quadrada" por exemplo, pode testá-la mandando uma nave espacial fotografar o planeta. É uma provaobjetiva, já com a exist~encia de Deus, não é assim. Como provar? onde procurar? mesmo se fosse possível criar um teste para medir a existência de Deus, ele poderia optar por não aparecer ou simplesmente fingir que não estava lá.O problema para os pesquisadores é que a ciência, ao contrário da Igreja, não prova as coisas pela negativa. Quando o Vaticano quer provar um milagre, usa a ausência de provas em contrário obtém laudos de cientistas dizendo que eles não conseguem explicar o acontecido, aquilo passa a saer reconhecido como intervenção divina explica Luis Carlos Marques. especiasta em história religiosa da Universidade Católica de Pernambuco.



O método científico não funciona assim, como os cientístas costumam dizer, a inexistência de provas não é uma prova de inexistência. A única coisa que a ciência pode fazer é afastar Deus do nosso dia a dia, explicando o Universo e as coisas de forma lógica e racional em vez de atríbuí-las a fenômenos sobrenaturais. Mas daí a dizer que Deus não existe, vai uma enorme distância e,se Darwins não gostar, sempre pode tirar as calças e pisar em cima









Ovinis não são reais?

Normalmente, quando alguém aparece com uma suposta foto de disco voador, o especialista consultado costuma ser um astrônomo, eles conseguem refutar a esmagadora maioria das supostas aparições de óvinis (geralmente fraudes ou ilusões de ótica). Mas consguem descartar totalmente a questão, tudo por causa do método ciêntífico. Quer ver? A primeira etapa, observação, transcorre sem qualquer dificuldade: existem, afinal, aparições de ovinis a ser estudadas. A segunda etapa, pergunta, também rola sem problemas. Basta formular a questão "as visitas de extraterrestre são reais?" Depois vem a hipótese: essas visitas não são reais porque as imagens são fraudes, ou apenas ilusôes, existem certos fenômenos atmosféricos que podem produzir efeitos semelhantes aos de óvinis, até aí tudo bem.


O problema vem na etapa seguinte, a experiência. Não é possível fazer um experimento controlado com Ets. Nem sequer podemos prever quando discos voadores vão aparecer no céu, e sem experiência, não há conclusão, e não se prova nada. Se os aliens apenas deixassem um sinal físico de sua existência, um pedaço de nave que pudesse ser testado em laboratório para poder provar sua origem extraterrestre, a questão voltaria ao alcance da ciência. O mais frustrante é que mesmo após milhares de avistamentos de ovinis, nenhum produziu evidências físicas que pudessem levar a resultados reprodutíveis em laboratórios diz o físico Mchio Kaku, da Universidade da cidade de Nova York.





Não vivemos em matrix?

O filósofo frances René Descartes, no século 17, estabeleceu as bases do racionalismo. Ele começava duvidando de tudo, e depois ia reestabelecendo as verdades com base na razão. As 3 conclusões que chegou, que serviram de base a todo o resto são bstante conhecidas "Penso logo existo","Deus existe" e "O mundo existe" É sempre chato desapontar um gênio como Descartes, mas é muito difícil comprovar cientificamente suas conclusões. Começando pela que talvez pareça mais óbvia: o mundo existe. O que nos garante queo mundo existe de verdade, e não apenas uma simulação criada por computadores ou pelos nossos sentidos, como no filme Matrix Nada.

É impossível provar cientificamente que essa ilusão, a Matrix, não exista. E isso acontece porque o método científico é freado já em sua primeira etapa: a observação. Nós observamos o mundo a partir de nossos sentidos: visão, olfato, paladar, tato e audição. Se estamos assustados, por exemplo, podemos ouvir barulhos que não existem, e principalmente não temos acesso direto a realidad, nossas sensações são produzidas pelo pelo cérbro, que observa e interpreta sinais e transforma o resultado em algo acessível pela consciência. Ora se o ser humano não consegue observar o mundo sem passar por esse filtro, não tem como provar se ele é real ou apenas uma ilusão "E se nossa civilização atingisse um estágio pós humano (bem avançado) e começasse a rodar simulações de épocas anteriores? como podemos saber se não estamos numa dessas simulações? pergunta o filósofo Nick Bstrom, da Universidade de Oxford. Ele tem razão. Cientificamente, nada garante que não estejamos vivendo dentro da Matrix.

(Extraído da revista superinteressante:ed.abril edição279 -junho/2010)